J. Junqueiro afirmou que os SAP de S. Pedro do Sul e Vouzela ‘não’ vão fechar. Contrariamente ao que tem sido veiculado, estes SAP não encerraram, pois continuarão a estar em pleno funcionamento todos os dias, das 8h00 às 24h00.
‘Constata-se mesmo, em Oliveira de Frades, o prolongamento do horário das 20h para as 24h, facto que a oposição política ainda não referiu’, sublinhou. ‘A substituição do período nocturno (das 24h00 às 8h00) de S. Pedro do Sul e de Vouzela, em que, em média, eram atendidos globalmente 6 utentes, pela abertura aos sábados, domingos e feriados e pelo aumento médio superior a 600 consultas, em cada unidade, revela-se mais de acordo com os interesses das pessoas’. Deste modo, o funcionamento dos SAP, alargado aos fins-de-semana e aos feriados e as USF´s (uma já em funcionamento em S. Pedro do Sul) vêm permitir que muitas famílias possam efectuar consultas médicas que, de outra forma e por força das suas actividades profissionais, não o poderiam fazer, sendo inclusivamente possível acompanhar os seus filhos ou outros familiares’. Os transportes das pessoas em S. Pedro do Sul e Vouzela entre as 24 e as 8h, são assegurados pelos meios atrás referidos, ou seja, os utentes que, globalmente, recorriam aos SAP de S. Pedro do Sul e Vouzela, terão à sua disposição, para encaminhamento e assistência, as 28 ambulâncias existentes, mais 10 em Oliveira de Frades, num total de 38 (19 em S. Pedro do Sul), nove em Vouzela e 10 em Oliveira de Frades). De emergência, 3 (uma é INEM) e 7 de transporte de doentes. Resulta ‘claro’ para José Junqueiro que com esta reorganização do funcionamento dos serviços de saúde, os utentes de S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades vão passar a ter mais consultas e melhor assistência nas suas áreas de residência. Governo «poupa 330 milhões na Saúde». Mas o que também ressalta à vista é que o fecho dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) e a diminuição das comparticipações do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em medicamentos e meios de diagnóstico e terapêutica vão permitir ao Ministério da Saúde poupar, pelo menos, 330 milhões de euros em 2008. Nos cofres do Estado entram entre 25 a 30 milhões de euros com o fecho dos 56 SAP, uma quantia avançada pelo próprio ministro Correia de Campos quando em Maio se pronunciou sobre os custos estimados dessas unidades de saúde em funcionamento, dando esse valor como exemplo do desperdício de verbas. Como esses 56 SAP vão encerrar, isso significa que o Estado arrecada 30 milhões de euros. A somar a essa verba, prossegue o CM, juntam-se 150 milhões de euros – correspondem a 0,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) – que não vão ser canalizados para a comparticipação de medicamentos e outros 150 milhões de euros – 0,1 por cento do PIB – que não serão destinados à comparticipação dos meios de diagnóstico e terapêutico, como análises clínicas, Raios X, TAC (tomografia axial computorizada) e electrocardiogramas. Depois do fecho de dez blocos de partos e de quatro Urgências hospitalares, o Ministério da Saúde prepara-se para encerrar mais SAP, de entre uma lista de 56 unidades a eliminar. Cortar na saúde e na educação, dizem bem como vai a ‘saúde’ do país, no seu todo, com o desemprego a aumentar e a continuar a ameaçar milhares de famílias.
In Notícias de Viseu
quarta-feira, janeiro 23, 2008
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